TRAUMA OCULAR NA CRIANÇA, O QUE FAZER?
O trauma ocular que ocorre com mais frequência nas escolas é a presença de corpo estranho no olho, como areia, fragmentos trazidos pelo vento, etc.
São menos freqüentes as lesões decorrentes de queimaduras térmicas ou químicas, as contusões por bolas ou brigas e as perfurações oculares ou ferimentos de pálpebras provocadas por objetos pontiagudos e cortantes.
O QUE FAZER EM UM TRAUMA OCULAR?
Em caso de corpo estranho nos olhos:
- Não permitir que a criança esfregue os olhos;
- Realizar a lavagem suave dos olhos (com água corrente), na tentativa de retirar o corpo estranho;
- Se o corpo estranho não sair, não insistir;
- Fazer um tampão ocular (cobrir preferencialmente os dois olhos se for possível) com gaze seca;
- Encaminhar o escolar para o serviço oftalmológico de referência;
- Nunca tentar retirar objetos encravados no olho com pinças, agulhas ou cotonetes.
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Em caso de queimaduras térmicas ou com substâncias químicas nos olhos:
- Irrigar imediatamente com água corrente por cerca de 30 minutos;
- Manter as pálpebras abertas durante a lavagem com auxílio de um pano limpo ou gaze;
- Se necessário, as mãos do escolar deverão ser contidas durante a lavagem ocular;
- Cuidar para que o outro olho não seja atingido pelo líquido da irrigação;
- Nas lesões com cal ou cimento, realizar a limpeza das conjuntivas e pálpebras com lenço, gaze ou algodão antes da irrigação;
- Cobrir os dois olhos com gaze umedecida com soro fisiológico;
- Transportar o escolar para o serviço de emergência oftalmológica de referência, o mais rápido possível (após a lavagem);
- Se possível, levar amostra da substância que provocou a queimadura.
Em caso de perfurações nos olhos:
- Nunca tentar retirar objetos que estiverem perfurando o olho;
- Não realizar lavagem no olho acometido;
- Se o escolar que sofreu o trauma estiver sentindo dor e não conseguir abrir o olho, não exercer pressão direta nas pálpebras para forçar a abertura;
- Não usar pomadas ou colírios;
- Proteger o olho acometido com copo plástico descartável;
- Transportar o escolar imediatamente para o serviço de emergência oftalmológica de referência.
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Letícia Spina Tapia
Enfermeira e Fisioterapeuta, Mestre no Ensino em Ciências da Saúde e Coordenadora Nacional do Programa Escola Segura
Publicado em: 21/02/2015
Revisado em: 14/04/2017
REFERÊNCIAS:
- Smeltzer, S.C.; Bare, B.G. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10. ed. v.4. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010.
- Coordenação de desenvolvimento de programas e políticas de saúde – CODEPPS, Manual de prevenção de acidentes e primeiros socorros nas escolas, 2007.
- Secretária da Educação Básica, Programa de Formação de Professores de Educação Infantil, 2006.
- Prefeitura do Município de Londrina, Protocolo Clínico de Saúde da Criança, 2006.