SUFOCAMENTO OU ENGASGO E A PREVENÇÃO NAS ESCOLAS

 

1. O que é sufocamento ou engasgo?

2. Qual é a incidência de sufocamento/engasgo no Brasil?

3. Como ocorre o sufocamento/engasgo?

4. Quando o sufocamento/engasgo é considerado grave?

5. Quais são os tipos de sufocamento/engasgo?

6. Como prevenir o sufocamento/engasgo na Escola?

7. Como prevenir o sufocamento/engasgo durante as mamadas?

8. Considerações sobre alimentação segura

9. Uso de cadeirões na escola, o que é importante saber?

10. Considerações sobre brinquedos seguros

11. Prevenção do sufocamento durante o sono

12. Quais são os sinais de sufocamento/engasgo?

13. Como atender o sufocamento/engasgo?

 

1. O que é sufocamento ou engasgo?

 

Sufocamento, engasgo ou asfixia, são termos utilizados para caracterizar a dificuldade de respirar devido a presença de corpos estranhos na garganta.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, “corpo estranho” é qualquer objeto ou substância que inadvertidamente penetra o corpo ou suas cavidades. Pode ser ingerido ou colocado pela criança nas narinas e conduto auditivo, mas apresenta um risco maior quando é aspirado para o pulmão.

Qualquer material pode se tornar um corpo entranho no sistema respiratório, e a maior suspeita de que o acidente ocorreu é a situação de engasgo. Isto ocorre quando a criança está comendo, ou quando está com um objeto na boca, habitualmente peças pequenas de brinquedos.

2. Qual é a incidência de sufocamento/engasgo no Brasil?

 

Segundo dados do Ministério da Saúde, publicados pela ONG Criança Segura, no ano de 2018 o número total de óbitos por sufocamento foi de 791 (de zero a 14

anos), e destes casos 600 tinham menos de 1 ano de idade, o que demonstra ser um acidente muito fatal que necessita de prevenção.

Quanto as hospitalizações por sufocamento, no ano de 2018 foram 477 casos, e este número demonstra que há mais casos de óbitos do que de hospitalizações por essa causa, ou seja, é um acidente muito fatal que necessita de prevenção!

Ainda de acordo com dados da ONG Criança Segura, todos os anos no Brasil, mais de 700 crianças morrem vítimas de sufocações ou engasgamento. Além da supervisão total de um adulto, é importante evitar que a criança tenha contato com acessórios que facilmente podem ser levados à boca.

 

3. Como ocorre o sufocamento/engasgo?

 

Para crianças o sufocamento poderá ocorrer através da alimentação (especialmente em crianças menores de 3 anos, faixa etária em que o controle da mastigação/deglutição está em desenvolvimento, especialmente pela falta dos dentes molares – importante na trituração dos alimentos).

Outra forma da ocorrência de sufocamento em crianças é a colocação de um corpo estranho nas cavidades do corpo, entre os objetos e alimentos mais comuns para causar o engasgo estão:

 

  • Brinquedos com peças pequenas
  • Milho
  • Feijão
  • Amendoim
  • Grãos duros
  • Balas duras
  • Bexiga
  • Uva
  • Baterias
  • Pilhas

 

Esse tipo de ocorrência é mais grave quando o corpo estranho caminha para as vias aéreas, o que pode obstruir a passagem do ar e causar uma diminuição significativa da oxigenação e resultar em morte por asfixia.

O risco, muitas vezes é invisível, confira abaixo o vídeo da campanha para prevenção do engasgamento da ONG Criança Segura.

 

 

 

 


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Vídeo com a manobra de desengasgo no bebê até 1 ano


 

 

4. Quando o sufocamento/engasgo é considerado grave?

 

A situação é mais grave quando a criança não consegue chorar, tossir ou falar. Isso indica que as vias aéreas estão totalmente fechadas e será necessário proceder a manobra de desengasgo imediatamente, além de acionar o serviço de emergência.

Nunca tentar retirar o eventual objeto com as mãos, ao menos que consiga vê-lo ao abrir a boca da criança.
O risco é acabar empurrando ainda mais o objeto e piorar a situação. 

 

5. Quais são os tipos de sufocamento/engasgo?

 

A obstrução das vias aéreas pelo corpo estranho, capas de causar sufocamento/engasgo podem ser:

PARCIAL: a vítima pode apresentar tosse e esboçar sons.

Quando a vítima apresenta somente a tosse e expele o objeto que provoca a asfixia, podemos caracterizar como engasgo “mais leve”, do qual não necessita de intervenção física (técnicas de desengasgo), mas é importante levá-la o quanto antes para o atendimento médico adequado, pois médico pode avaliar se algum fragmento de alimento ficou retido na via aérea.

TOTAL: a vítima pode apresentar importante falta de ar, não esboça qualquer som, além de apresentar os lábios arroxeados.

No caso de asfixia total, quando a vítima não consegue respirar, tossir, esboçar nenhuma reação, som ou ficar arroxeada é importante intervir imediatamente com técnicas adequadas para desengasgá-la (descritas abaixo) e acionar o serviço de emergência.

6. Como prevenir o sufocamento/engasgo na Escola?

 

Evitar alimentar as crianças enquanto elas correm, brincam ou andam. O mais adequado é alimentá-las sentadas à mesa olhando para o alimento, uma prática que precisa ser orientada e conduzida dia-a-dia.

Manter longe de crianças menores de quatro anos brinquedos com peças pequenas, balas pequenas, botões, baterias esféricas, canetas com tampa removível, balões, moedas, bolinhas de gude e grãos, especialmente nos espaços coletivos onde circulam crianças de todas as idades na escola.

Ofereça os alimentos cortados em pedaços pequenos e de acordo com a faixa etária, cada criança possuí seu tempo para aprender a mastigar e explorar o alimento, por isso muita paciência na hora de alimenta-la.

Para crianças menores de 4 anos, oferecer alimentos amassados e desfiados sempre que necessário, especialmente alimentos mais duros como pedaços de carne. Se a criança ainda não está pronta para triturar os pedaços, desfie ou amasse.

Não oferecer alimentos arredondados inteiros, como uva e tomate cereja, o ideal é cortá-los em pequenos pedaços.

Supervisionar sempre a alimentação das crianças pequenas, e dedicar tempo adequado para essa atividade no ambiente escolar, pois cada criança possuí um tempo para alimentação, e esse processo precisa ser realizado com tranquilidade para evitar acidentes.

Nunca alimentar crianças no bebê-conforto, utilizar sempre cadeirinhas próprias para alimentação. A criança precisa estar bem sentada para se alimentar, já que possui as vias aéreas anteriorizadas e pequenas, e se forem alimentadas na posição semi-sentada terão mais chances de engasgar.

Atentar para crianças mais velhas (como os irmãos e amiguinhos) que podem oferecer objetos ou alimentos perigosos às crianças menores.

Evitar o uso de roupas que tenham partes que podem se soltar com o tempo, como botões, pedras, enfeites e pingentes, e orientar os familiares para que não enviem as crianças com esse tipo de vestimenta.

Evitar o uso de acessórios pequenos que possam se soltar, como presilha de cabelo, pulseira e chupetas customizadas com pedras, anel infantil, além de orientar os familiares para não enviarem as crianças com estes adornos perigosos.

Manter o piso livre de objetos pequenos como botões, colar de contas, bolas de gude, moedas, tachinhas, especialmente nos espaços coletivos onde circulam alunos maiores.

Manter sacolas plásticas longe do alcance de bebês e crianças.

Aprenda a utilizar um testador para determinar quais objetos pequenos oferecem risco de engasgamento para crianças de até quatro anos.

Para isso, use uma embalagem plástica de filme fotográfico como referência, pois ela possui, aproximadamente, o mesmo diâmetro da garganta de uma criança (3 cm) e pode alertar para o risco de forma bastante visual – se o objeto passar pela entrada da embalagem, provavelmente uma criança poderá engoli-lo acidentalmente e se engasgar.

Há no mercado testadores próprios para essa finalidade, como o cilindro para testar peças pequenas.

 

7. Como prevenir o sufocamento/engasgo durante as mamadas?

  • Até os 6 meses de vida o único alimento indicado para bebês é o leite materno, exceto se recomendado pelo pediatra outros alimentos ou fórmula infantil.
  • Não balançar o bebê no colo após as mamadas.
  • Aguardar alguns minutos para o bebê arrotar, isso pode levar algum tempo e o arroto vai depender da quantidade de ar que o bebê engoliu durante a mamada.
  • O bebê deve estar na posição semi-elevado para a mamada.
  • Não vestir roupas apertadas no bebê principalmente durante as mamadas.
  • Observar se a fralda está apertando a barriga do bebê.
  • Se ocorrer o vômito aguardar pelo menos 30 minutos para oferecer novamente o leite ou o alimento.
  • Sobre o intervalo entre a mamada e a colocação do bebê para dormir, seguir a orientação do pediatra que poderá variar de 20 a 40 minutos, neste período mantê-lo na posição ereta para que o leite se acomode no estômago e facilite a digestão.
  • Nunca oferecer mamadeira para um bebê deitado, sempre semi-elevado.
  • Para conhecer as recomendações às crianças com refluxo, acesse aqui.

 

8. Considerações sobre alimentação segura:

 

  • Seguir sempre a orientação do pediatra e nutricionista a respeito de espessantes (produtos que engrossam o leite e outros líquidos indicados para crianças com doença do refluxo gastroesofágico), esses produtos não são recomendados para bebês prematuros nem para crianças com sobrepeso, além de demonstrarem poucos benefícios para crianças em aleitamento materno.
  • A forma mais segura de alimentar crianças é na posição semi-elevada, isso favorece a redução do refluxo e minimiza o risco de engasgo. Para crianças que já sentam sem apoio e possuem equilíbrio suficiente para não tombar as refeições podem ser oferecidas em cadeirão de alimentação.

 

Academia Americana de Pediatra, alguns alimentos não devem ser oferecidos para crianças menores de 4 anos, pois são considerados de alto risco para sufocamento:

 

  • Cachorros quentes
  • Nozes e sementes
  • Pedaços de carne ou queijo
  • Uvas inteiras
  • Doces duros ou pegajosos
  • Pipoca
  • Pedaços de amendoim
  • Pedaços de vegetais crus
  • Goma de mascar

 

 


Você pode gostar: 

Cartaz com o passo a passo para atendimento do engasgo no bebê. 

Vídeo com a manobra de desengasgo na criança maior de 1 ano.


 

 

9. Uso de cadeirões na escola, o que é importante saber?

 

  • A criança deve utilizar o cadeirão para alimentação quando já estiver sentando sem apoio. A partir do quinto e sexto mês, a criança começa progressivamente a sentar sem apoio, por conta do desenvolvimento de equilíbrio do tronco.
  • A etapa de desenvolvimento motor, onde a criança já se senta sem apoio é classificada entre o 7º. e 10º. mês de vida.
  • Verifique na embalagem da cadeira a faixa etária a que se destina.
  • Verifique se não há rebarbas ou partes cortantes visíveis.
  • As cadeiras altas não devem conter rodas e deve possuir uma base ampla e estável.
  • SEMPRE MANTER A CRIANÇA PRESA pelo cinto de segurança (de 5 pontos).
  • Segundo a norma ABNT 15991-1:2011, as cadeiras altas são destinadas para crianças de até 15 kg.
  • O cadeirão não pode conter partes pequenas que possam ser engolidas pelas crianças nem material tóxico na composição de suas partes.
  • Os dispositivos para ajuste devem ser inoperantes pelas crianças quando ela estiver sentada.
  • Para evitar deslizamento da criança por baixo da bandeja, o cadeirão deve conter uma faixa larga localizada entre as pernas.
  • A bandeja deverá ser presa ao encosto para que não forme espaços ou vãos.
  • É recomendado apoio para os pés.
  • Não permitir que a criança fique de pé no cadeirão.
  • Não deixar a criança sozinha ou dar-lhe as costas, mesmo que por alguns instantes, enquanto ela estiver no cadeirão.
  • Não permitir que crianças maiores brinquem ou tentem subir no cadeirão.
  • Ajudar a criança a entrar, sentar-se e sair do cadeirão.
  • Afivelar o cinto assim que sentar a criança.
  • Se o modelo for dobrável, recomenda-se testá-lo antes para verificar se está firme.
  • Nunca deixar um modelo dobrável, na posição dobrada, próximo a crianças pelo risco de cair sobre ela.
  • Colocar o cadeirão de costas para a parede preferencialmente, para que se movimente o mínimo possível.
  • Não posicionar o cadeirão próximo a eletrodomésticos, bancadas, pias, mesas, pois as crianças podem se apoiar e empurrar essas superfícies com os pés ou mãos e virar o cadeirão.

 

10. Considerações sobre brinquedos seguros:

 

  • Ao escolher os brinquedos para uma criança, considerar sua idade, interesse e nível de habilidade. Seguir as recomendações pelo fabricante.
  • Procurar por brinquedos com selo do Inmetro.
  • Brinquedos para crianças maiores podem ser perigosos para as menores e devem ser guardados separadamente.
  • Inspecionar regularmente os brinquedos à procura de danos que podem resultar em algum acidente enquanto a criança os manuseia (partes pequenas soltas, pontas afiadas ou arestas).
  • Evite utilizar balões de látex (bexigas). Se realmente precisar utilizá-los, guarde-os fora do alcance das crianças e supervisione-as durante toda a brincadeira.
  • Não permitir que crianças encham bexigas e ter cuidado com os pedaços de bexigas estouradas, pois podem ser acidentalmente ingeridos pelas crianças e ocasionar sérias consequências. Após o uso, esvazie as bexigas e descarte-as juntamente com eventuais pedaços.

 

Segundo Academia Americana de Pediatra, objetos e brinquedos abaixo são considerados perigosos e devem ser mantidos longe do alcance de bebês e crianças pequenas:

 

  • Moedas
  • Botões
  • Brinquedos com peças pequenas
  • Brinquedos que podem caber inteiramente na boca de uma criança
  • Bolas pequenas
  • Balões
  • Arcos de cabelo pequenos, enfeites de cabelo e presilhas
  • Tampas de caneta ou marcador
  • Pequenas baterias tipo botão
  • Ímãs de geladeira
  • Pedaços de comida para cães

 

Segundo a mesma publicação da Academia Americana de Pediatra, os alimentos abaixo não devem ser oferecidos para menores de 4 anos:

 

  • Cachorros-quentes
  • Nozes e sementes
  • Pedaços de carne ou queijo
  • Uvas inteiras
  • Doces duros ou pegajosos
  • Pipoca
  • Pedaços de manteiga de amendoim
  • Pedaços de vegetais crus
  • Goma de mascar

 

11. Prevenção do sufocamento durante o sono:

 

 

POSICAO SEGURA-DORMIR-CRECHE-ESCOLA-SEGURA

 

  • Utilizar berços certificados pelo Inmetro.
  • Verificar se as grades de proteção do berço estão fixas e se a distância entre elas não é maior do que 6 cm.
  • Bebês devem dormir em colchão firme, de barriga para cima, cobertos até a altura do peito com lençol ou manta presos embaixo do colchão e os bracinhos para fora, ou sem cobertas, apenas com roupa adequada para a temperatura do ambiente.
  • O colchão deve estar bem preso ao berço (não pode haver mais do que dois dedos de espaço entre o berço e o colchão) e sem qualquer embalagem plástica.
  • Adultos devem evitar dormir com bebês. Caso escolham dividir a cama, devem tomar precauções especiais, que incluem a remoção de travesseiros, edredons e qualquer outra roupa de cama macia.
  • Remover do berço todos os brinquedos, travesseiros, cobertores, protetor de berço e qualquer outro objeto macio quando o bebê estiver dormindo. Isso ajuda a reduzir o risco de asfixia.
  • Berço Seguro  é berço vazio, cuidado com os excessos de protetores e kits para berço, o mais importante não é a beleza do berço, mas a segurança do bebê, confira abaixo um berço seguro e o posicionamento adequado do bebê:

 

POSICAO SEGURA PARA DORMIR - CRECHE SEGURA
                                      Berço Seguro para evitar sufocamento durante o sono do bebê 

 

A Academia Americana de Pediatria e o Ministério da Saúde Brasileiro recomenda o seguinte posicionamento da criança até um ano para dormir, tanto para bebês sem refluxo como para portadores da doença do refluxo gastroesofágico:

 

  • Posicionar o lençol/coberta abaixo das axilas do bebê (para que ele não escorregue para baixo da coberta), não exagerar na quantidade de coberta, se possível não cobrir.  
  • Não colocar rolinhos, brinquedos ou protetores no berço.
  • Para bebês com refluxo é comum os pediatras recomendarem a elevação da cabeceira, embora alguns estudos controlados não tenham demonstrado que essa posição é benéfica para menores de um ano.
  • Posicione o bebê no fundo do berço, conforme demonstrado na foto acima, isso impedirá que escorregue para debaixo da coberta (situação de risco para morte súbita).
  • Utilizar um colchão firme (nem duro nem mole demais).
  • Não utilizar travesseiros, pois o bebê poderá escorregar para baixo, neste caso o travesseiro pode favorecer o fechamento da via aérea.

 

Observação: caso o bebê possua diagnóstico da doenças doenças do refluxo gastroesofágico, seguir as recomendações do Pediatra responsável pela criança, que pode incluir uso de travesseiro antirrefluxo, posicionamento lateral do bebê entre outras recomendações, para mais informações sobre refluxo acesse aqui.

 

12. Quais são os sinais de sufocamento/engasgo?

 

  • Pele azulada ou arroxeada, especialmente nas extremidades (pontas dos dedos das mãos e dos pés).
  • Esforço respiratório exagerado e com barulho (chiado ou ruídos ao respirar).
  • Movimento de entrada de ar indetectável ou ausente.
  • Boca arroxeada e palidez.
  • Flacidez (pela ausência de oxigênio e possível perda de consciência).
  • Perda de consciência.

 

Se a criança estiver tossindo ou com ânsia de vômito, é boa notícia: as vias aéreas não estão totalmente bloqueadas. Estimule a tossir: este é o método mais eficaz de desobstruir as vias aéreas.

 

 


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13. Como atender o sufocamento/engasgo?

 

É fundamental que todas as pessoas que lidam com crianças estejam preparadas para realizar a manobra de desobstrução das vias aéreas. Existe uma manobra adequada para bebês até um ano e outra para crianças maiores de um ano e adultos.

Manobra de desengasgo do bebê até 1 ano de vida:  

  • Segurar a criança (de bruços) com o rosto voltado para baixo e com a cabeça mais baixa que o tórax.
  • Sustentar a cabeça firmemente com seu antebraço e manter a boca do bebê aberta com os dedos.
  • Aplicar cinco golpes firmes no meio das costas (usando o punho da mão com os dedos estendidos).
  • Virar a criança (de barriga para cima) firmemente apoiando sua cabeça e a mantendo mais baixa que o corpo.
  • Observar se ocorreu a saída do objeto, caso contrário aplicar cinco compressões rápidas no tórax (utilizar dois ou três dedos para aplicar as compressões no meio do tórax, entre a linha dos mamilos).
  • Se esse procedimento não expulsou o objeto pedir ajuda e acione o serviço de emergência (SAMU 192 ou 193 Corpo de Bombeiros).
  • Repetir os procedimentos acima até a chegada do serviço de emergência.

 

 

 

 

Sufocamento/engasgo: prevenção para Escolas

 

Faça o download gratuito do cartaz com a manobra de desengasgo do bebê em alta resolução aqui

 

Manobra de desengasgo em crianças maiores de 1 ano: 

  • Ao reconhecer um engasgo se posicionar atrás da criança de joelhos (conforme foto abaixo).
  • Abraçar o tronco da criança envolvendo-o com os dois braços.
  • Fechar uma das mãos e coloque a parte plana (onde está o polegar) na “boca do estômago”, que fica logo acima do umbigo.
  • Segurar o punho com a outra mão e realizar cinco compressões rápidas (apertando para dentro e para cima).
  • Encorajar a criança a tossir se ela conseguir durante a manobra.
  • Se a criança se apresentar pálida, com lábios arroxeados, e sem responder a manobra acionar o serviço de emergência (SAMU 192 ou 193 Corpo de Bombeiros) e continuar a manobra até a chegada do socorro ou até que a criança esteja inconsciente.

 

 

Sufocamento/engasgo: prevenção para Escolas
            Demonstração da manobra de desengasgo na criança maior de 1 ano 

 

Confira um vídeo com a manobra de desengasgo na criança maior de um ano:  

 

 

 


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Maira BassiMaíra Bassi Strufaldi

Enfermeira e Fisioterapeuta, Pós-graduada em ortopedia e traumatologia, educadora em diabetes, residente do HC-USP

 

 

Letícia Spina Tapia

Enfermeira e Fisioterapeuta, Mestre no Ensino em Ciências da Saúde e Coordenadora Nacional do Programa Escola Segura

 

 

 

Publicado em: 15/08/2017
Revisado em: 11/12/2021

 

 

Referências:

 

  • SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria. Aspiração de corpo estranho. Departamento Científico SBP, 2014.
  • FERREIRA, TC; et ai. Doença do refluxo gastroesofágico: exageros, a evidência e a prática clínica. J Pediatr. 2014, 90 (2): 105-118.
  • SPSP – Sociedade de Pediatria de São Paulo. Ingestão, asfixia ou engasgo com corpo estranho. SPSP, 2012.
  • CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE – CNS. Dormir de barriga para cima é mais seguro. Pastoral da Criança, 2009.
  • LUA, RY; . FU, Síndrome LY da Morte Súbita Infantil Pediatria na revisão de 2007, 28 (6): 209-214.
  • NUNES, M.L. Síndrome da Morte Súbita do Lactente: Aspectos Epidemiológicos, Fisiopatologia e Prevenção. Sociedade Brasileira de Pediatria, Documento científico do Departamento de Neurologia, 2003.
  • Carpenter R. et al. Bed sharing when parents do not smoke: is there a risk of SIDS? An individual level analysis of five major case–control studies, 2012. Disponível em: https://bmjopen.bmj.com/content/3/5/e002299.abstract
  • AMERICAN HEART ASSOCIATION – AHA. Suporte Básico de Vida para Provedores de Saúde, Fundação Interamericana do Coração, 2010.
  • CRIANÇA SEGURA.  Engasgo em crianças e adolescentes. ONG Criança Segura, 2016.
  • AAP – American Academy of Pediatrics. Numbers of Food-Related Choking Incidents in Children Continue to Climb. AAP, 2013. Disponível em: https://publications.aap.org/pediatrics/article-abstract/132/2/275/31431/Nonfatal-Choking-on-Food-Among-Children-14-Years?redirectedFrom=fulltext
  • AAP – American Academy of Pediatrics. Choking Prevention. Healthy Children ORG, AAP, 2015.
  • AMERICAN HEART ASSOCIATION. Part 11: Pediatric Basic Life Support and Cardiopulmonary Resuscitation Quality, 2019. Disponível em: https://eccguidelines.heart.org/circulation/cpr-ecc-guidelines/part-11-pediatric-basic-life-support-and-cardiopulmonary-resuscitation-quality/?strue=1&id=11
  • Centers for Disease Control and Prevention. Choking Hazards. 2021. Disponível em: https://www.cdc.gov/nutrition/infantandtoddlernutrition/foods-and-drinks/choking-hazards.html